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Comunicado de Imprensa

Novas orientações aos Santos dos Últimos Dias sobre traduções da Bíblia

O manual observa que alguns “podem se beneficiar de traduções doutrinariamente claras e também mais fáceis de entender”

A última leva de atualizações do “Manual Geral: Servir em A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” inclui um ajuste em um trecho sobre as edições e traduções da Bíblia Sagrada.

O manual observa que “quando possível, os membros devem usar uma edição preferencial da Bíblia ou a edição publicada pela Igreja nas aulas e reuniões da Igreja”. Em inglês é utilizada a versão do Rei Jaime.

A seção ajustada do manual também aponta para exemplos de traduções da Bíblia em inglês que os membros podem considerar ao procurar entender melhor os ensinamentos da Bíblia hebraica e do Novo Testamento.

O élder Dale G. Renlund do Quórum dos Doze Apóstolos, que preside o Comitê das Escrituras da Igreja, diz que a versão do Rei Jaime é “bela e poderosa”, mas para alguns pode ser difícil de entender.

“O Senhor disse que fala aos homens e às mulheres ‘conforme sua maneira de falar, para que [alcancem] entendimento' (Doutrina e Convênios 1:24)”, diz o apóstolo. “Claramente, os filhos de Deus são mais inclinados a aceitar e seguir Seus ensinamentos quando podem compreendê-los.”

É por isso que a Igreja tem indicado exemplos de traduções que alcançam tanto legibilidade quanto clareza doutrinária. A lista inclui (mas não se limita) às seguintes traduções:

A partir de 14 anos

  • Versão padrão em inglês (ESV)​
  • Nova versão padrão revisada (NRSV)​

11 a 13 anos

  • Nova Versão Internacional (NIV)​
  • Nova Tradução Viva (NLT)​
  • Nova versão do Rei Jaime (NKJV)​

A partir de 8 anos

  • Nova Versão do Leitor Internacional (NIrV)​

O uso de várias traduções da Bíblia não é novidade para a Igreja. O manual explica que a Igreja “identifica edições da Bíblia que se alinham bem com a doutrina do Senhor no Livro de Mórmon e a revelação moderna (ver Regras de Fé 1:8). Em seguida, uma edição preferencial da Bíblia é escolhida para muitos idiomas falados pelos membros da Igreja”.

A Igreja publica sua própria edição da Bíblia em alguns idiomas. Por exemplo, além da versão do Rei Jaime em inglês, a Igreja publica as edições Reina-Valera 2009, em espanhol , e Almeida 2015, em português.

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Uma família em Portugal estuda a palavra de Deus.© 2016 by Intellectual Reserve, Inc. All rights reserved.
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“Há uma concepção equivocada de que as traduções modernas da Bíblia são menos do que fiéis às fontes antigas — que, ao modernizar o idioma, os tradutores comprometeram ou emburreceram a doutrina”, diz o élder Jörg Klebingat, dos setenta, membro do Comitê das Escrituras. “Em muitos casos, isso simplesmente não é verdade. Os tradutores modernos geralmente têm acesso a manuscritos que não estavam disponíveis para os tradutores antigos. E a maioria das traduções modernas foi produzida por estudiosos e linguistas fiéis que estão totalmente convencidos de que a Bíblia é a palavra de Deus. A linguagem simplificada que eles usam apoia – em vez de comprometer – a compreensão da doutrina de Jesus Cristo.”

Quando possível, os membros devem “usar a edição preferencial da Bíblia ou a edição publicada pela Igreja nas aulas e reuniões da Igreja. Isso ajuda a manter a clareza nos debates e a compreensão consistente da doutrina. Outras traduções da Bíblia também podem ser usadas.”

“Todos nós podemos nos beneficiar das traduções feitas por nossos irmãos e irmãs cristãos para melhorar nosso estudo e nossa fé como discípulos de Cristo”, diz a irmã Tamara W. Runia. “Nossa esperança é que todos se sintam bem-vindos e respeitados, não importa a tradução com a qual se conectem e escolham usar. O que mais importa é como as escrituras falam com nosso espírito e nos aproximam de Deus conforme lemos todos os dias.”

Muitos Santos dos Últimos Dias já encontraram poder nessa prática. Alysia Burdge, do estado de Washington, tem TDAH, o que torna a compreensão da leitura – especialmente da Bíblia – difícil para ela.

Durante o Ensino Médio, sua avó lhe presenteou com uma Bíblia em uma tradução moderna que era mais fácil de entender. Essa simples oferta transformou sua capacidade de compreender o significado do texto sagrado.

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Uma mulher no Brasil estuda as escrituras.© 2025 by Intellectual Reserve, Inc. All rights reserved.
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“Agora sinto que posso realmente entender a palavra de Deus”, diz Alysia, “e isso me ajuda a sentir o Espírito mais profundamente. Às vezes comparo traduções diferentes da Bíblia. Isso me ajuda a perceber significados mais profundos e fortalecer meu testemunho porque entendo o que os versículos estão dizendo.”

Marc De La Peña Barredo, professor do instituto nas Filipinas, diz ter encontrado utilidade semelhante ao explorar diferentes traduções da Bíblia. Incluí-las em seu estudo aumentou sua confiança como professor.

“A comparação das traduções da Bíblia enriqueceu significativamente a maneira como preparo e ensino minhas aulas”, diz ele. “Isso tem me capacitado a ensinar com mais clareza e propósito, ajudando meus alunos a se aproximarem do Salvador por meio das escrituras.”

Seth Stewart,* pai de três filhos neurodivergentes em Utah, diz que a leitura de uma tradução mais acessível da Bíblia transformou o estudo das escrituras de sua família.

“Para pessoas com autismo, TDAH, dislexia ou outras diferenças de aprendizado”, diz ele, “traduções mais simples podem fazer a diferença entre sentir-se excluído da palavra de Deus e verdadeiramente conectar-se com ela”.

Para aqueles preocupados com o uso de uma nova tradução da Bíblia, o élder Renlund diz que confiem no recurso robusto que é a revelação moderna.

“Assim como Santos dos Últimos Dias”, ensina o apóstolo, “podemos obter entendimento com confiança a partir de várias traduções, em parte porque ‘também cremos ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus’ (Regras de Fé 1:8). As escrituras modernas, incluindo os ensinamentos dos profetas vivos, são um bom padrão para avaliar quaisquer discrepâncias doutrinárias que possam surgir em diferentes traduções da Bíblia.”

*O nome foi alterado para proteger a privacidade da pessoa.